quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015 se foi! O que ficou?

O que ficou de 2015? Muitos aprendizados. 

Tivemos que viver com menos. Entender que o consumo, consome. Consome o meio-ambiente, consome seu dinheiro, seu tempo.O dinheiro volta, o meio-ambiente se recupera, mas e seu tempo?

O tempo perdido em shopping, filas, lojas, na frente do computador buscando algo em promoção para comprar. Comprando coisas no exterior, se gabando de pagar muito pouco para ter muito mais no seu armário. E pra quê?

Sacolas e sacolas que juntamos no bazar para doação. Se pararmos para contabilizar o tempo que perdemos escolhendo aquelas peças, pensando se levaria ou não, levando para casa ou recebendo pelo Correio, quanto daria? E pra quê?

Roupas e mais roupas indo para doação. Você pode pensar, alguém vai fazer bom uso. Sim, belo gesto. Mas são roupas e mais roupas que depois vão para o lixo. São toneladas de roupas no lixo. E sabe o que mais vai para o lixo. Nosso precioso tempo. Mas não só o tempo que gastamos para comprar aquela peça, mas o tempo que levamos para ter o dinheiro para comprar, o tempo trabalhando, se preparando para ter um bom cargo. E pra quê?

Para doar quase tudo no fim de ano? Para sentir que fez algo de útil? Por que queremos tanto ter algo? Por que queremos tanto pagar a metade por algo que vamos usar algumas ou até nenhuma vez. Encher nossos armários e gavetas? E pra quê?

Para olhar para aquele monte de roupa e não saber o que escolher para sair? Ter aquele monte de sapato, cada um mais desconfortável que outro? Para ter 2, 3 roupas iguais de cores diferentes e olhar no espelho e se achar exatamente igual. Para ter a peça da última coleção? E pra quê?

Com o Guarda-roupa Sustentável fiquei quase um ano sem comprar roupas em lojas ou na internet. Foi um grande aprendizado para mim. Olhar para uma roupa e não sentir a menor necessidade daquilo estar em meu armário. Sair das lojas sem nenhuma sacola. Meu pensamento era único: Não preciso, tenho o suficiente.

Como gostei de encher sacolas com roupas que não usava para o bazar e voltar somente com algumas poucas e boas trocas. Como gostei de ver o sorriso de uma pessoa ao vestir um vestido que eu nunca usei e trocar por uma calça que ela não conseguia usar mais e ouvir: cuide bem desta peça pois comprei e usei com muito carinho. E minha resposta para ela: que desfrute deste vestido como nunca desfrutei e arrase em cada lugar que for. 

Foi isto que ficou em 2015. 

A experiencia de montar o Guarda-roupa Sustentável e as reflexões que me trouxe:

Preciso mesmo desta roupa (sapato, bolsa, acessório)?

Tenho suficiente roupa (sapato, bolsa, acessório)?

Posso ser feliz com a roupa (sapato, bolsa, acessório) que eu já tenho?

Mas não pense que estas reflexões foram apenas diante de um guarda-roupa. Elas se estenderam ao meu momento de vida:

Preciso mesmo de: me sentir feia, infeliz, conviver com este tipo de situação, com esta pessoa, com estas amizades, este trabalho, esta raiva, esta tristeza, esta dúvida, esta ansiedade? 

Tenho suficiente felicidade, alegria, tolerância, amizade, alimento, fé, valores, objetivos, amigos?

Posso ser feliz com o marido, filho, amigos, trabalho, formação, ambiente, conta bancária, pertences, com a vida que eu tenho?

Com o Guarda-roupa Sustentável consegui entender que posso ter poucas roupas e mudar o meu olhar para enxergá-lo melhor e maior. Se posso fazer isto com roupas porque não com sentimentos e atitudes. 

Ter muito não significa ter tudo. Ter pouco e valorizar o que tem é sinônimo de felicidade.

Seja bonita com o que tem dentro do seu armário. Não procure estar bonita com o que não tem! Abra a gaveta e eleve sua autoestima!

Seja feliz com o que tem! Não procure sua felicidade senão dentro de você mesmo. Abra seu coração, sua alma, seus pensamentos, sua energia, sua fé e seja feliz.

Abra-se para 2016 e mude o seu olhar!

Feliz 2016!!!!

Mara Débora

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